sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Quase 80% dos municípios potiguares estão em situação de perigo ou risco

 2020 | RECrédito da foto: Yves Herman/Reuters

O número representa 76% das 167 cidades do Rio Grand

O monitoramento mais recente do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) mostra que 128 municípios potiguares estão em situação de perigo ou risco. De acordo com o órgão, isso significa que a taxa de transmissibilidade nessas cidades está acima de 1,03.

Destes, 52 estão dentro da zona de perigo (Rt acima de 2) e 76 na zona de risco (1,03 < Rt <= 2,00). Ainda segundo o LAIS/UFRN, 36 municípios estão na zona segura (abaixo ou igual a 1,00) e 03 na neutra (1,00 < Rt <= 1,03). A ferramenta calcula que 2.699.833 pessoas residem nessas cidades que estão nas zonas de risco e perigo.

O levantamento aponta que quatro das oito regiões de saúde estão com transmissibilidade acima de 1. A maior R(t) está na 3ª Região de Saúde, polarizada por João Câmara. A região do Mato Grande tem transmissibilidade de 1,31. Em seguida vem a 5ª Região de Saúde. O Trairi/Potengi está com 1,15. Além dessas, a 7ª Região de Saúde (Metropolitana) também esta na zona de perigo. A região polarizada por Natal tem taxa de transmissibilidade de 1,07. A 4ª Região de Saúde (Seridó) está com taxa de 1,02, dentro da zona neutra.

As outras quatro regiões de saúde no território potiguar estão dentro d zona segura, ou seja, com indicadores de 1,00 ou abaixo. O menor índice é registrado na 1ª Região de Saúde, polarizada por São José de Mipibu. A região tem taxa de 0,85. Os indicadores no Oeste, Alto Oeste e Vale do Açu são, respectivamente, 1,00, 0,89 e 0,99.

Mesmo com uma taxa de transmissibilidade em 0,92, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) alerta a população para os cuidados que devem ser adotados no combate à pandemia da Covid-19. O uso da máscara, o distanciamento social e a higienização das mãos são atitudes essenciais para evitar a propagação do vírus no território potiguar.

A Taxa de Transmissibilidade, ou Taxa Rt para ser mais simples, é um dos indicadores utilizados para medir a evolução de uma doença endêmica. De forma simples, essa taxa indica quantas pessoas podem ser infectadas a partir de uma pessoa já doente.

Para exemplificar suponha o Rt = 2, isso significa dizer que, estatisticamente falando, uma pessoa doente contaminará duas saudáveis. O ideal então é que esta taxa se mantenha o mais próximo possível de zero. A partir do momento que ela se mantém constantemente abaixo do valor 1, significa dizer que a doença está em um estado "controlado".

TAXA DE OCUPAÇÃO

A Secretaria Estadual de Saúde informou nesta quinta-feira, 24, que a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) continua estável, como vem sendo observada nas últimas semanas.

A taxa mais atual aponta para 39% de leitos SUS (Sistema Único de Saúde) ocupados. Agreste e Mato grande continuam não registrando internações por Covid-19. A região do Potengi/Trairi está com 18%, Seridó e Região Metropolitana estão com 37% de ocupação cada, Oeste com 48% e Alto Oeste com 55,5%.

O total de internamentos por Covid é de 223 pacientes, em leitos públicos e privados, clínicos e críticos. Já a fila de regulação tem 1 paciente para leito crítico, 3 para leitos clínicos e 14 aguardando transporte sanitário.

Os casos confirmados são 68.059, suspeitos somam 33.966, descartados 136.556. Atualmente, 2.366 potiguares fora a óbito acometidos com a Sars-Cov-2, dois óbitos foram registrados nas últimas 24 e 312 permanecem em investigação.

Sesap reforça o uso de máscara para diminuir propagação e reduzir a gravidade

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reforça e orienta a população do Rio Grande do Norte para o uso essencial e correto da máscara de proteção para diminuir a propagação e reduzir a gravidade da Covid-19.

A medida toma como base o estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado pela New England Journal of Medicine, no qual constatou-se que o uso de máscara de proteção contra o novo Coronavírus (Covid-19) pode gerar uma resposta imunológica e reduzir a gravidade da doença nas pessoas, garantido que a maioria das infecções sejam assintomáticas.

Para ter uma ação eficaz e evitar a transmissão da Covid-19, a máscara deve ser usada cobrindo o nariz e a boca. “Mascará não é adereço para o queixo! O Estudo publicado recentemente mostrou que mesmo quando a pessoa é contaminada usando a máscara, ela protege. E, caso desenvolva a doença, a pessoa terá um quadro mais leve ou assintomático”, esclarece o secretário estadual de saúde Cipriano Maia.

Conforme aponta o estudo, as máscaras não impendem a contaminação pelo vírus, porque é possível que gotículas ultrapassem a proteção, contudo numa quantidade menor, o que gera uma carga viral também menor, o que está ligado a quadros leves da doença. Segundo Cipriano, isso está sendo constatado por meio do teste sorológico (de imunidade), que mostra que as pessoas que estão usando a máscara de forma contínua, mesmo havendo a contaminação por algum descuido, elas têm um quadro mais leve da doença.

Caso a hipótese seja confirmada, como aponta o estudo, o uso da máscara pode ser uma forma de “variolação”, separação que gera imunidade, diminuindo a disseminação do novo Coronavírus. Técnica utilizada há séculos, a variolação consiste em introduzir secreções de pessoas infectadas pela varíola em pessoas saudáveis.

Nesse sentido, a Sesap reforça e orienta quando deve ser feito o uso da máscara de proteção:

•             Use a máscara sempre que sair de casa;

•             Ao sair, leve uma máscara reserva para realizar a troca a cada 02 horas de uso;

•             Leve uma sacola para guardar a máscara, caso seja preciso trocar;

•             Evite tocar ou ajustar a máscara, enquanto estiver usando;

•             Use a máscara quando estiver tossindo e espirrando, assim você evita transmitir o vírus para outras pessoas;

•             Faça uso da máscara caso esteja cuidando de uma pessoa com doenças respiratórias;

•             Além de usar a máscara, realize a limpeza frequente de suas mãos com água e sabão ou higienize com álcool em gel 70%;

•             Após usar a máscara, descarte-a em local adequado e lave bem as mãos;

•             Utilize a máscara do tipo cirúrgico ou de pano (com pelo menos duas camadas de pano, como algodão, tricoline ou TNT). A máscara N95 é de uso dos profissionais de saúde;

•             E lembre-se: a máscara é de uso individual e deve cobrir totalmente o nariz e a boca, ficando bem ajustada ao rosto.


Defato.com

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