segunda-feira, 20 de maio de 2013

Por Messias torres ; Brasil no “Século Contradição”



É fato que a atualidade galgou patamares, até então, impesados pela humanidade, o que lhe garante o status de século de progresso e desenvolvimento. Assim, assistimos ao exponencial  crescimento tecnológico, à modernização das ciências com seus efeitos magníficos, ao desempenho dos procedimentos médicos, além da conquista triunfal do espaço etc.

Ao mesmo tempo, porém, em que se brada a aurora do progresso, observamos inquietos o atraso mórbido que incomoda e obstaculariza o direito humano que temos a uma vida social mais tranqüila, mais apreciável e, portanto, compatível com os bens conseguidos pelo advento da  tal modernidade. Segue daí uma evidente contradição, embora seja esta uma problemática também dominante em todo o mundo. 

Precisamente entre nós brasileiros, impressiona que ao lado dos incontestáveis avanços co-existam ainda a “carnificina” nos hospitais públicos, a violência nas esquinas, nos lares, a corrupção fazendo moda, os shows da intolerância, o preconceito cultivado, a fome...
Mas, onde estaria, então, o motriz de tantas contradições? Seria possível pontuar vilões responsáveis pelas tantas misérias que afligem o mundo? Estaria a nossa sociedade inevitavelmente sujeita a passar por isso? 

Os mais refletidos concordam que a mudança significativa de qualquer sociedade centra-se em educação. Nesse sentido, entende-se por educação o conjunto de conhecimentos e qualificações ético-morais propiciadores das habilidades necessárias à dignidade social e existencial de cada um dos  sujeitos. Isso não significa “aprender a ler e a escrever”, apenas; mas quer dizer educar-se para a vida toda.

Mas, qual a importância dada à escola, à família, aos princípios fundamentais da vida, justo no país do futebol, do carnaval, da novela, da alienação...? Haveria lugar confortável para educação em meio ao caos de uma maioria atordoadamente retrógrada que, não raro, prima pelo secundário, pelo descartável? 
É preciso combater com o ciclo que move a mediocridade  coletiva. É preciso descaracterizar o “sucesso” de valores invertidos, perniciosos. É preciso que as instituições sociais promovam o bem. É preciso fazer acontecer o senso de responsabilidade desde o nascimento do indivíduo. É preciso, é preciso...

No fim, a triste constatação é que, entre culpados e vítimas, a “ordem e o progresso” se esvaziam de sentido ante os frangalhos de uma bandeira - de um lado, desenhada com opulência e poder e de outro, manchada de miséria, manipulação social e males historicamente perpetuados.

Por Messias Torres
Professor / Poeta / Radialista

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