LEI / julgamento

Clamor por justiça marca começo de julgamento de filha e genro acusados da morte de comerciante de Mossoró 09/11/2011  Flávia Freire chegou ao fórum de Governador acompanhada por policiais  Passados cerca de 1 ano e seis meses do assassinato do comerciante Antônio Ildergado Ferreira Freire, na época com 51 anos de idade, mais conhecido como "Toinho da Casa do Construtor", a filha e o genro da vítima acusados da morte dele sentaram no banco dos réus. O julgamento de Flávia Ferreira Freire, 25 anos, e do companheiro dela, Ladenilton da Silva, 37, começou na manhã de hoje (09) marcado por clamor por justiça. A Acusação espera que o casal seja condenado a 20/30 anos de reclusão por homicídio qualificado e a Defesa alega a tese de negativa de autoria intelectual. Nesta quarta-feira, por volta das 09h, Flávia Freire e Ladenilton da Silva sentaram no banco dos réus do Tribunal do Júri da sala Erivaneide Morais, no fórum do município de Governador Dix-Sept Rosado, área onde o crime foi praticado no dia 23 de maio de 2010. Com a presença de dezenas de estudantes de direito, de populares e de familiares e amigos de Toinho, o começo do julgamento foi marcado por uma manifestação pacífica silenciosa com a utilização de faixas e banners que expressavam um clamor por justiça. Informações dão conta de que tudo leva a crer que será um dos julgamentos mais complicado e demorado dos últimos tempos, devido à complexidade do caso. A Acusação composta pelos advogados Arsênio Celestino o advogado Kayo Gameleira, como assistente de acusação, "entraram em cena" para uma verdadeira "batalha judicial" sem previsão de encerramento. A Acusação garante que os indícios que incriminam o casal são fortes e que o testemunho de um companheiro de cela de Ladenilton é crucial para a condenação do casal a 20/30 anos de reclusão por homicídio qualificado. Caso, os acusados sejam absolvidos, a Acusação adiantou que irá recorrer da decisão. Já a Defesa dos acusados ficou à cargo do advogado Francisco Eugênio que disse estar preparado para colocar em dúvida todos os indícios apresentados pelo inquérito policial. A Defesa garante que pedirá a absolvição do casal com base na tese de negativa de autoria intelectual, visto que o inquérito policial não aponta os responsáveis pela execução do crime. Segundo Francisco Eugênio, caso os acusados sejam condenados, a Defesa deverá recorrer da decisão. A expectativa é que o julgamento ocorra durante todo o dia de hoje e que a sentença seja formulada no final da noite desta quarta-feira. O Júri Popular é formado por seis homens e uma mulher que têm suas identidades preservadas por questão de segurança. A juíza responsável pelo veredicto será Ana Cláudia Secundo da Luz. Devido à grande repercussão que o crime teve na cidade e região, um forte esquema de segurança foi montado para assegurar a tranquilidade dos trabalhos. Foi solicitado reforço da Polícia Militar em volta do fórum e dentro da sala "Erivaneide Morais", onde acontece a sessão. Entenda o caso O crime aconteceu na tarde do dia 23 de maio de 2010 quando "Toinho da Casa do Construtor" foi assassinado a tiros no próprio sítio localizado na zona rural do município de Governador Dix-sept Rosado, distante a cerca de 34 km de Mossoró. Ele foi morto por pelo menos uns cinco disparos efetuados por homens armados que invadiram o sítio da vítima. Dias depois do crime, Flávia Freire e o companheiro, Ladenilton da Silva, filha e genro da vítima, foram presos acusados de envolvimento na morte. Informações da época do crime dão conta de que uma disputa judicial por venda de imóvel teria motivado a filha a planejar a execução de Toinho. Em contato com o CORREIO DA TARDE na época da prisão do casal, Flávia preferiu permanecer em silêncio e se limitou a dizer que só se pronunciaria em juízo. A frieza apresentada por ela foi um aspecto que impressionou o delegado responsável pelo caso. Por: Correio da Tarde Publicidade