O Brasil registrou 53 mortes por febre amarela, de um total de 130 casos confirmados, no período de julho de 2017 a janeiro deste ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O índice de letalidade da doença está em 40,8%, número maior do que os 33% registrados entre julho de 2016 e janeiro de 2017 — nesse período, houve 397 casos e 131 óbitos.
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Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24), durantevideoconferência entre o ministério e representantes estaduais e municipais de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, onde serão realizadas campanhas de vacinação com uso de doses fracionadas.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a situação está sob controle e que a quantidade de vacina é suficiente para toda a população. “A letalidade média é equivalente em todos os estados. Se você acompanhar, a curva de 2017 é igual. Temos o mesmo comportamento, mas, este ano, com menos casos e menos óbitos, embora a população afetada seja muito maior do que a do ano passado”, comentou ele sobre o aumento da circulação do vírus.
Com a meta de vacinar 95% de 23,8 milhões de pessoas em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia, o dia D da vacinação tem início hoje, com exceção do estado nordestino, onde será realizada em 19 de fevereiro. Seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde para intensificar a imunização, as doses serão fracionadas para alguns públicos em áreas populosas com risco de expansão da doença.
Desde 2017, foram encaminhadas 57,4 milhões de doses da vacina aos estados. O ministro lembrou que a boa cobertura vacinal contra a doença alcançada no ano passado no Espírito Santo demonstra a eficácia de apostar em campanhas de imunização, já que o estado não registra problemas com a enfermidade neste ano.
Um dos maiores problemas enfrentados é a falta de informação. As pessoas que ainda não tomaram a vacina têm tido dificuldade de acesso em razão das longas filas formadas nos postos por pessoas que já foram imunizadas ou que não estão no público-alvo por não viverem em áreas de risco. Pensando nisso, o Ministério da Saúde produziu peças publicitárias, a serem divulgadas nos meios de comunicação, com o slogan “informação para todos, vacina para quem precisa”.
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, comentou sobre a preparação para o dia D. Ele destacou que as equipes são limitadas e, por isso, pode haver filas. “Há muito tempo se faz vacinação contra febre amarela, mas a população não se preocupa. Só corre atrás quando morre alguém. Não há necessidade de ir todo mundo no mesmo horário”, ressaltou.
Embora tenha registrado o maior número de óbitos, Minas Gerais não fará a campanha e não utilizará doses fracionadas, porque a cobertura vacinal no estado alcança mais de 80% da população. As mortes estão concentradas nas áreas de riscos, em zonas rurais, onde houve resistência de parte da população em tomar a vacina no ano passado.
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