Em qualquer unidade
de saúde de Natal é possível ver um bom número de pessoas acometidas por doenças
diarreicas. Dados da Secretaria Estadual de Saúde
De acordo com a
Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Suvige), ainda não se
sabe o que está causando diarreia na população, há possibilidade de o Estado
estar vivenciando um surto de gastroenterite viral, também conhecida como virose
da mosca.
Os sintomas da doença
são diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, febre baixa e dores pelo
corpo. A transmissão acontece após uma pessoa ingerir alimentos ou líquidos
infectados com resíduos deixados por moscas. Os agentes transmissores podem ser
vírus ou bactérias.
Além do Rio Grande do
Norte, há suspeitas de que o Estado do Ceará também tenha o surto da doença.
Apesar de não ter nado comprovado, a Sesap vem mantendo contato com o governo do
Ceará e o Ministério da Saúde para buscar informações e possíveis soluções
quanto ao problema.
De acordo com a
técnica de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Suvige, Zaira Santiago,
além da virose da mosca, a Sesap trabalha com outras duas hipóteses para os
casos de diarreia. A primeira é relacionada à água que, em muitas regiões,
devido ao período de seca, não apresenta a qualidade necessária para o consumo
humano. Já a segunda hipótese, é relacionada ao clima. Por ser um período
tradicionalmente mais quente que o normal, as bactérias se proliferam mais
facilmente e consequentemente as pessoas ficam mais vulneráveis às doenças
diarreicas.
“Infelizmente existe
um grande número de subnotificações. É preciso que os municípios nos encaminhem
amostras clínicas para fazermos os exames necessários para identificar o causa
das diarreias”, conta Zaira Santigo.
Enquanto municípios
como Pau dos Ferros e Parazinho já encaminharam amostras clínicas e da água para
análise, Natal não encaminha os dados completos referentes aos casos na cidade
desde o final de janeiro.
“Até o dia 31 de
janeiro, Natal teve 1.655 casos de doenças diarreicas. Existem 68 unidades
sentinelas na cidade e nem a metade notificou a Sesap. E a situação não acontece
apenas em Natal. A subnotificação é um problema de todo o Rio Grande do Norte”,
lamentou.
Natal
A equipe do
portalnoar.com procurou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para falar sobre a
incidência de casos de diarreia na cidade. Por telefone, a chefe do setor de
Vigilância Epidemiológica, Aline Bezerra, amenizou a situação alegando que os
casos notificados até o momento eram esperados para o período.
De acordo com Aline
Bezerra, a SMS registrou 2 mil casos de doenças diarreicas do começo de janeiro
até esta terça-feira (16). O número é relativamente menor que o registrado no
mesmo período de 2015, com 2,3 mil casos registrados entre janeiro e meados de
fevereiro.
“Esse é um período do
ano em que há um surto de doenças que causam diarreia. Isso acontece por ser uma
época tradicionalmente mais quente. Não sabemos qual é o agente epidemiológico
que está ocasionando esses surtos, mas é algo esperado”, afirmou.
Cuidados
As doenças diarreicas
são causadas, geralmente, após a ingestão de um alimento mal higienizado. Para
evitar a gastroenterite, a recomendação é lavar sempre as mãos; ter cuidado com
os alimentos, protegendo-os especialmente de moscas; utilizar o hipoclorito de
sódio para purificar a água.
Fonte: Portal
Noar
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