A má avaliação ao governo da presidente Dilma Rousseff disparou para 64% em março, segundo a pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quarta-feira. Este é o maior índice de desaprovação registrado desde o início do governo da petista, em 2011.
O elevado crescimento em apenas 3 meses – em dezembro, o índice estava em 27% – pode ter sido motivado por uma série de fatores, como o escândalo de corrupção na Petrobras, a crise econômica e o anúncio do ajuste fiscal, mas o que mais pesou parece ter sido a decepção dos próprios eleitores de Dilma com este início de segundo mandato.
Entre as ações do governo, as questões econômicas lideram a reprovação dos entrevistados: nove em cada dez brasileiros desaprovam a política de juros do país.
A insatisfação se refletiu também no índice de confiança da população em relação à Dilma: 74% dos entrevistados disseram não confiar na presidente e apenas 14% disse acreditar que o restante do governo será ótimo ou bom.
Eleitores decepcionados
A queda da popularidade da presidente Dilma ocorreu tanto entre os que votaram em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições do ano passado quanto entre os próprios eleitores da petista.
Segundo os dados divulgados pela CNI, o percentual de aprovação do governo entre os entrevistados que declararam ter votado em Dilma caiu de 80%, em dezembro, para 34% no mês passado.
Entre os eleitores do tucano, a avaliação do governo como ótima ou boa caiu para 2% – em dezembro, o índice estava em 12%.
Questões econômicas
O estudo feito pela CNI avaliou também o nível de aprovação das políticas públicas do governo federal. As áreas com as piores avaliações são políticas de juros e impostos: a desaprovação é de 89% e 90% da população, respectivamente.
Em todas as nove áreas de atuação do governo avaliadas na pesquisa, o percentual de desaprovação é superior a 60% dos entrevistados.
A área com a melhor avaliação é a do combate à fome a à pobreza, que tem 33% de aprovação – mesmo assim, a desaprovação chega a 64%.
Notícias desfavoráveis na mídia
O clima desfavorável ao governo foi percebido pelos entrevistados também através das notícias veiculadas pelos meios de comunicação. Mais de 70% dos entrevistados consideram que as notícias recentes são mais desfavoráveis ao governo. Há três meses, as notícias sobre o governo eram consideradas desfavoráveis por 44% da população.
As notícias sobre as manifestações populares e sobre a corrupção foram as mais lembradas pelos entrevistados. Elas foram citadas espontaneamente por, respectivamente, 40% e 32% deles.
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Fonte: Exame
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