A polícia da França está procurando por dois irmãos suspeitos de realizar o ataque contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo, no qual 12 pessoas foram mortas.
Os dois, Said e Cherif Kouachi, são franceses de origem argelina e residentes de Paris. A polícia os considera "armados e perigosos", segundo um boletim divulgado.
A polícia também divulgou fotos dos dois.
Nesta quarta-feira, os dois irmãos teriam assaltado um posto de gasolina no norte da França, segundo órgãos de imprensa locais.
Eles teriam roubado comida e gasolina do estabelecimento, que fica perto de Villers-Cotterets, na região de Aisne.
A segurança em Paris foi reforçada para tentar impedir eventuais novos ataques.
De acordo com a agência de notícias AFP, fontes da polícia informaram que o documento de identidade de Said Kouachi foi encontrado no carro usado pelos irmãos para fugir, que foi abandonado após o ataque à revista.
Segundo a imprensa francesa, Cherif, de 32 anos já foi condenado e preso em 2008 por suas atividades como militante islâmico.
Cherif, que também é conhecido pelo nome de Abu Issen, fazia parte da "Rede Buttes-Chaumont", que ajudava pessoas que queriam se transformar em jihadistas a ir para o Iraque e lutar ao lado da Al-Qaeda, depois da invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003.
Segundo informações do jornal parisiense Liberátion, ele cresceu em um orfanato em Rennes, no noroeste da França, e era preparador físico antes de, com o irmão, se juntar ao grupo. Morando na capital francesa, ele também trabalhou como entregador de pizzas.
A polícia o deteve em 2005 quando ele estava prestes a embarcar em um avião a caminho da Síria. Naquela época o país era um ponto de entrada para jihadistas que queriam enfrentar os soldados americanos no Iraque.
Em 2008 ele foi condenado a três anos de prisão, mas depois de 18 meses, ainda de acordo com o Liberátion, a sentença foi suspensa.
Em 2010 o nome de Cherif foi citado em conexão com um plano para libertar da prisão Smain Ait Ali Belkacem, que era membro do Grupo Islâmico Argelino Armado (GIA), considerado ilegal.
Ele foi condenado à prisão perpétua em 2002 por um ataque contra uma estação de metrô de Paris que deixou 30 feridos em 1995.
Said Kouachi, de 34 anos, também teve o nome citado na investigação do plano para libertar Belkacem, mas os dois irmãos não foram a julgamento por falta de provas.
Eles teriam frequentado uma mesquita em um distrito de Paris chamado Stalingrado, onde teriam sido influenciados pelo imã radical Farid Benyettou. Ele teria estimulado os irmãos a estudar o Islã em casa e em um centro muçulmano da vizinhança onde eles moravam
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