Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado nesta terça (18).
Dilermando Mota permanece no cargo durante o PAD.
Sessão de votação aconteceu na manhã desta terça-feira (18) (Foto: Larisse Souza/Inter TV Cabugi)
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) decidiu, em votação unânime, abrir Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o desembargador Dilermando Mota por causa de uma discussão ocorrida em dezembro do ano passado em uma padaria de Natal envolvendo o magistrado e um empresário da cidade. A votação pela abertura do PAD aconteceu na manhã desta terça-feira (18).
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O presidente do TJRN, desembargador Aderson Silvino, relator do caso, foi o responsável pela leitura do documento. O magistrado votou pela abertura do processo disciplinar, alegando que se faz necessária a investigação sobre a postura de Dilermando Mota na discussão. Os 13 desembargadores presentes aptos a votar acompanharam o relator.O pleno do TJRN decidiu ainda que o desembargador não será afastado do cargo durante o PAD que deve durar 140 dias. Dilermando Mota esteve presente na sessão de votação.
O caso
No dia 29 de dezembro de 2013, o desembargador Dilermando Mota se envolveu em uma discussão na padaria Mercatto com o empresário Alexandre Azevedo. À época dos fatos, o empresário declarou ao G1 que ficou indgnado ao ver o magistrado destratar um garçom do estabelecimento e entrou em defesa do funcionário. "Não sou herói, não quero ser herói. Apenas tomei uma atitude natural de um cidadão que se sentiu constrangido e indignado com a forma como ele tratou o garçom, humilhando um trabalhador", afirmou o empresário.
O empresário contou que o garçom deixou um copo na mesa onde o desembargador estava acompanhado pela família e saiu para atender outro cliente. Dilermando Motta, ainda segundo Alexandre, reclamou aos gritos que não havia sido colocado gelo em seu copo. O magistrado teria levantado e puxado o funcionário pelo ombro, exigindo ser tratado como Excelência e ameaçando quebrar um copo na cabeça do garçom.
A versão foi contestada por Dilermando Motta. "A verdade é que, um simples e moderado pedido de esclarecimentos de um cliente a um garçom, que já havia sido solucionado, gerou uma reação de um terceiro com ameaças, gritos e total desrespeito ao público presente. Não houve abuso de autoridade como o propagado, mas somente uma atitude de defesa pessoal e da família presente, inclusive uma filha menor de dois anos de idade", disse, em nota divulgada após o fato.
Alexandre Azevedo discutiu com o desembargador Dilermando Mota em uma padaria de Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
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