O delegado informou que as 32 pessoas foram liberadas por falta de provas e que apenas duas continuam presas por ainda não ter sido possível reconhecer suas identidades. O delegado aguarda a conferência das suas impressões digitais para que também sejam liberadas.
Segundo o delegado, pelo menos 20 detidos tinham passagem pela polícia, a maioria por roubo, furto e tráfico de drogas. O delegado informou ainda que os acusados poderão ter de responder por dano qualificado, incêndio e furto.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 90 pessoas chegaram a ser detidas na manifestação.
Morte causou revolta em moradores
A abordagem dos PMs que terminou com a morte do adolescente aconteceu no domingo (27) às 14h. Cerca de duas horas depois, revoltados, moradores da região fizeram um protesto que terminou com três ônibus de transporte coletivo queimados, assim como um veículo que estava estacionado em uma das ruas do bairro.Localização do protesto
Em nota, a assessoria de imprensa da polícia informou que dois PMs "atendiam ocorrência de perturbação do sossego, quando suspeitaram de dois indivíduos e decidiram fiscalizá-los."
"Ao sair da viatura para realizar a abordagem, por motivo a esclarecer, houve disparo acidental, que atingiu o adolescente, de 17 anos, no tórax. O fato se deu na rua Bacurizinho, esquina com a avenida Mendes da Rocha, por volta das 14 horas. A vítima foi imediatamente socorrida ao hospital Jaçanã, mas faleceu", diz a nota da PM.
Uma testemunha, moradora do bairro, confirmou ao UOL que a abordagem da PM ocorreu por conta de uma ocorrência de som excessivamente alto na rua. "Nesta abordagem o policial ao sair do veículo acabou baleando um motorista", relatou, sob a condição de anonimato.
A mãe de Douglas, Rossana de Souza, disse que o filho cursava o 3º ano do ensino médio e era funcionário de uma lanchonete do bairro de Pinheiros, na zona oeste. "Ele acordava todo dia às 4h30 para ir trabalhar. Voltava, tirava uma sonequinha e ia para a escola", lamentou. "Ele ainda perguntou: 'Senhor, por que o senhor atirou em mim?' Nem ele sabe por que tomou um tiro", disse. "Eles [policiais] não sabem a dor que estou sentindo", desabafou.
O PM que efetuou o disparo foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e foi encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital. Mas, segundo o advogado Fernando Fabiani Capano, que defende Luciano Pinheiro Bispo, 31, "nenhum policial sai às ruas dizendo 'vou matar alguém'. Foi um acidente".
O caso é investigado também pelo 73º DP (Jaçanã), onde os PMs envolvidos na abordagem foram ouvidos ontem à noite. (com Agência Brasil
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