sábado, 7 de setembro de 2013

Sete de Setembro terá protestos em todas as capitais e cerco a mascarados

Do UOL, em Brasília*               

 

Manifestantes saem às ruas em protestos pelo Brasil151 fotos

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2.jul.2013 - Policial militar imobiliza manifestante ferido durante protesto contra os governos de São Paulo e Rio, em frente à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), na noite desta sexta-feira (2) Marcelo Alves/Techimage
 
Pela primeira vez as celebrações do Sete de Setembro, dia da Independência do Brasil, deverão ser acompanhadas de protestos em ao menos 149 cidades do país, inclusive em todas as capitais. As manifestações estão sendo convocadas pelo grupo Anonymous nas redes sociais desde que eclodiu uma onda de protestos pelo país, entre junho e julho.

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Até as 18h de ontem (6), mais de 400 mil pessoas confirmam participação no evento "Maior Protesto da História do Brasil", criado no Facebook por um usuário que se identifica como Anonymous. Foram espalhados mais de 5 milhões de convites para o evento. A página do evento reúne links com os protestos convocados nas 149 cidades.

Haverá reforço na segurança dos desfiles em Brasília --em que a presidente Dilma Rousseff participa--, São Paulo e no Rio de Janeiro, entre outras capitais. Manifestantes mascarados estão proibidos de participar dos protestos na capital federal, em Minas Gerais e em Pernambuco. 
A pauta de reivindicações divulgada pelo Anonymous inclui seis itens: prisão de condenados no mensalão; aprovação do projeto de lei 7368/2006, conhecido como Lei de Combate à Corrupção; redução do número de deputados; reforma tributária; fim do voto obrigatório; e aprovação do novo Plano Nacional de Educação (PNE).
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Protestos se espalham pelo Brasil200 fotos

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6.set.2013 - Uma mulher acende velas durante um protesto da ONG Rio de Paz na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A manifestação pede melhorias nos serviços de segurança, educação e saúde Sergio Moraes/Reuters
No Twitter, o protesto está sendo divulgado com a hashtag #OperacaoSeteDeSetembro. A grande adesão nas redes sociais não implica, necessariamente, na presença maciça do público nos protestos, como se verificou em várias manifestações convocadas pela web nos últimos meses.
Os criadores do evento afirmam que os protestos buscam um "país melhor" e não "um golpe militar, intervenção, fascismo ou socialismo, bem como não possui ligação com qualquer partido político."
O ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, afirmou ontem (6), em entrevista à Rádio Gaúcha, que o governo orientou as autoridades de segurança a não criar hostilidades.
"A orientação que estamos dando pra segurança é que não se crie um clima de hostilidade. Ao mesmo tempo, temos que assegurar que não haja nenhuma perturbação, nem àqueles que desfilam, nem àqueles que assistem", afirmou o ministro, que defende a realização dos protestos. "Acho que a sociedade precisa continuar na rua, senão as mudanças não vão ocorrer."

Grito dos Excluídos

Também irá acontecer nas principais capitais do país o "Grito dos Excluídos", com o tema "Juventude que ousa lutar constrói projeto popular". Realizado anualmente no Sete de Setembro desde 1995, o "Grito" tem origem nas pastorais da Igreja Católica e conta com a adesão de movimentos sociais da cidade e do campo, centrais sindicais, organizações da juventude, entidades estudantis e partidos políticos de esquerda.
Participam das manifestações o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores), CMP (Central de Movimentos Populares), Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude, entre outros.  Os integrantes do Grito criticam o modelo político e econômico "concentrador de riqueza", buscam expor nas ruas o "rosto dos excluídos" e defendem uma democracia com "inclusão social" e "participação ampla de todos os cidadãos."

Distrito Federal

Em Brasília, vários protestos --entre eles o do Anonymous-- estão sendo convocados para ocorrer na Esplanada dos Ministérios, onde haverá o desfile de celebração do Dia da Independência, com a presenças das principais autoridades do país. A concentração será no Museu Nacional, entre 8h e 9h. À tarde, há manifestações programadas no entorno do estádio Mané Garrincha, onde a seleção brasileira enfrenta a seleção australiana a partir de 16h.
A polícia estima que os atos devam reunir entre 40 a 50 mil pessoas. A Secretaria Segurança Pública do DF anunciou que colocará mais 4.000 policiais militares para fazer a segurança dos eventos e protestos. Por conta dos atos, o Congresso não estará aberto a visitas, como de praxe. 
O Grito dos Excluídos do DF está marcado para começar às 12h, na rodoviária do Plano Piloto. Os manifestantes devem marchar até o estádio Mané Garrincha e engrossar o protesto antes do jogo da seleção. O ato tem o apoio do Movimento Passe Livre do DF, que declarou não apoiar as manifestações convocadas para a Esplanada dos Ministérios. 

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jooziel de Melo Freire, afirmou que manifestantes mascarados que se recusarem a se identificar serão detidos. Ele promete atuação rigorosa da polícia para evitar atos de vandalismo.

A parada militar na capital federal não terá a participação da Esquadrilha da Fumaça em função do acidente que matou dois militares no último dia 12, durante apresentação em Pirassununga (SP). A exibição, que anualmente atrai grande público, foi cancelada porque os pilotos precisam concluir um ano de treinamento nos aviões Super Tucano, adquiridos recentemente.
Segundo o Ministério da Defesa, Marinha, Exército e Aeronáutica, além de organizações de segurança pública, como policiais militares e bombeiros, trarão para a Esplanada dos Ministérios 1.850 militares e civis para o desfile a pé, além disso de 105 carros militares

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