Os próprios nativos destas terras maurícias tiram sarro desse traço que diverte gente daqui e fora.
Todavia, se em Pernambuco a coisa descamba pro folclore, no Ceará o apego ao superlativo tem sido “política de governo”.
O Executivo estadual se encarrega de investir na história de ser “o maior”, o máximo, hiper, über…
Em janeiro, quem não se lembra, o governador Cid Gomes (PSB) pagou R$ 650 mil por um show de Ivete Sangalo.
A cantora se apresentou na inauguração de um hospital em Sobral, município que é base eleitoral de Cid.
Pois agora o governador socialista firmou contrato que prevê o gasto de R$ 3,5 milhões com bufê e decoração do gabinete e da residência oficial. As informações são UOL.
A oposição criticou a medida e divulgou que o cardápio contratado inclui refeições como bombinhas de salmão com caviar, carpaccio de chester com manga, crepe de lagosta, creme de escargot servido em pequenas tarteletes e filé de sirigado ao Goulart.
O deputado estadual Heitor Ferrer (PDT), durante pronunciamento na desta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa do Estado, afirmou que elaborou requerimento com pedido informações sobre os gastos.
Segundo o Diário Oficial do Estado de 1º de agosto, o estado pagará o valor pela contratação da empresa Anita Serviços de Alimentos por um período de 12 meses. A publicação não traz detalhes sobre o serviço prestado.
O contrato é similar ao publicado em 27 de janeiro de 2010, quando a mesma empresa venceu a disputa para prestação do mesmo serviço.
O contrato à época, de R$ 2,8 milhões, seria para prestação de “serviços de bufê, decoração, iluminação e instrumentista apropriada à decoração em ambientes climatizados e/ou abertos com capacidade até 2.000 pessoas”.
Também incluía a “realização de coquetéis, almoços, jantares, brunchs, coffee breaks, a serem servidos por ocasião de solenidades, treinamentos, inaugurações, comemorações e eventos (…) em atendimento aos eventos de interesse do Cerimonial do Gabinete do Governador.”
Em requerimento, o deputado Heitor Férrer pediu ao governo explicações sobre o contrato, com detalhes sobre quanto efetivamente foi pago e em quais eventos foram servidas as refeições.
Férrer criticou o gasto e afirmou que o valor deveria ser usado com obras de combate aos efeitos da seca.
O governo do estado informou que o processo licitatório “seguiu todos os trâmites legais” e contou com 13 empresas.
Ainda segundo o governo, o valor citado no Diário Oficial é pago conforme a demanda, e não existe um valor fixo ou mínimo mensal a ser pago.
O governo explicou que o valor de R$ 3,5 milhões se refere às despesas de bufê realizadas no período de 2010 a julho 2013. “Ou seja, quase quatro anos e não o período de um ano como citado pelo deputado”, complementou.
“A nova licitação, com vigência iniciada no dia 1º de agosto, não corresponde ao período de um ano. O prazo deve ser aditivado – até o período de quatro ano”, informou o governo.
Ainda segundo o governo, os valores incluem, “além da comida, decoração, talheres, copos, pratos, toalhas, decoração, serviços de garçom, transporte, armazenagem da comida, etc.”.
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/politica/?p=27770
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