Choro, tristeza e um sentimento de vazio tomaram conta do velório do estudante Marcos Delefrate,18, que morreu ao ser atropelado na manifestação que aconteceu na noite desta quinta-feira (20) em Ribeirão preto (313 km de São Paulo).
Foi a primeira morte no país após o início dos protestos.
"Ele representa o país que acordou, mesmo sendo fruto de uma fatalidade", disse o padre Edgard Sebastião Rosse, da paróquia Santo Estevão Diácono, que era frequentada pelo estudante.
O rapaz tocava no grupo de jovens da igreja. O atropelamento ocorreu no cruzamento das avenidas José Adolfo Bianco Molina e João Fiúsa, em área nobre de Ribeirão.
O estudante Maurício de Oliveira Paulino Rosa, 17, amigo há dez anos de Delefrate, relembrou os momentos de pânico da manifestação.
"Eu estava ao lado dele [Marcos] o tempo todo. Seguíamos manifestando por um país mais justo de forma pacífica até aparecer o motorista. Eu consegui sair do lado do carro, mas o meu amigo não. Vi um irmão morrer", afirmou.
O enterro do corpo do jovem está marcado para as 17h desta sexta-feira (21) no cemitério Bom Pastor.
FOLHA.COM
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