Líderes evangélicos consideram Enem para sabatistas desigual
A prova do Enem para estes alunos começou às 19h deste sábado (3). Mesmo assim, eles devem entrar no local de prova junto com os demais alunos, ou seja, às 13h. Por seis horas, mais de 85 mil candidatos nesta condição ficaram confinados antes de realizar o exame em todo o país.
Fazem parte dos sabatistas os adventistas e os judeus ortodoxos. A determinação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, é que esses candidatos ficarão reclusos até a hora prevista para início da avaliação. Não poderão consultar livros nem manuais. É permitido que levem apenas a Bíblia. Também podem conduzir alimentos, uma vez que permanecerão bastante tempo nos locais de provas.
Para o pastor Abner Ferreira estes alunos encontram-se em desvantagem pelo desgaste físico sofrido no tempo de confinamento e a solução seria dividir o Enem em dois finais de semana.
“Esta claramente evidenciado uma desvantagem no tratamento destes alunos, que ao serem obrigados a ficarem por mais de seis horas confinados, acabam sofrendo pelo desgaste físico”, comentou o pastor.
Na carta encaminhada pelos líderes a solução seria dividir o Enem em dois domingos e não mais em um único final de semana, a partir da próxima edição.
A carta também faz comparação com o serviço militar que a Constituição providencia solução alternativa para os sabatistas. “Aqui, por maior razão, deve existir sensibilidade, pois o que se almeja é tão somente que as provas voltem a ser, como antes, apenas aos domingos”.
Depois de enfrentarem 90 questões de ciências humanas e da natureza no sábado, os 5,7 milhões de estudantes realizam nesta tarde, a partir das 13h, as provas de linguagens (língua portuguesa e estrangeira), matemática e redação. O tempo máximo para a resolução das questões é de cinco horas e meia e o mínimo, de duas horas.
Iasd Louveira
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