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domingo, 17 de março de 2013

Uma das missões do Papa é conseguir trazer de volta os fiéis há igreja , e deter o avanço dos pentecostais no Brasil que aumentou 61,45% em apenas dez anos

 Estado de são paulo

 
 
Igreja de Francisco vai agir para recuperar
o território perdido para os evangélicos
O papa Francisco terá como missão prioritária deter o avanço dos evangélicos neopentecostais no Brasil e nos demais países latino-americanos. Aliás, esse teria sido um dos motivos de a escolha do novo pontífice ter recaído sobre o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de acordo com os cardeais que se dispõem a falar sobre o assunto, embora com cautela.

O cardeal indiano, George Alencherry, por exemplo, disse que Francisco vai “reviver a Igreja na América Latina”, de modo que ela possa deixar de perder fiéis para as religiões que nas últimas décadas apresentaram um significativo crescimento na região.

No Brasil, o número de evangélicos aumentou 61,45% em apenas dez anos, passando em 2010 a representarem 22,2% da população, segundo dados do IBGE. Ainda assim o Brasil continua sendo o país com mais católicos no mundo.

O cardeal chileno Javier Errázuriz Ossa confirmou que o conclave elegeu um papa latino-americano (o primeiro na história da Igreja) por ser importante “o papel do catolicismo na região”.

Na avaliação do cardeal espanhol Carlos Amigo Vallejo, o novo papa vai agir de modo que os batizados que se distanciaram da Igreja voltem a frequentá-la. Isso vale principalmente para o país do papa. Na Argentina, cerca de 80% das pessoas são batizadas na Igreja Católica, mas menos de 10% se declaram católicas praticantes. Do total da população, 13% são ateus.

"Francisco terá muito trabalho nos países latino-americanos", resumiu o vaticanista Thomas Reese.

Para o jornal “O Estado de S.Paulo”, o papa Francisco também vai atuar para influir na política de cada um dos países da região, onde se destacam governos de esquerda. Nesse aspecto, Francisco estará para a América Latina assim como o João Paulo 2 esteve na Polônia.

Isso certamente explica a frieza com que a presidente Cristina Kirchner, da Argentina, recebeu a notícia de que um seu conterrâneo tinha sido eleito para ser o novo papa, com o qual ela já teve alguns entreveros na época em que ele era um cardeal em campanha contra a aprovação da lei do casamento entre homossexuais.

É de se prever, portanto, que, a partir de agora, os políticos passem finalmente a dar mais atenção à observância ao Estado laico

Paulopes / Com informação do Estado de S.Paulo, entre outras fontes

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