Pedro Chequer: igrejas pentecostais são um problema |
O jornal O Estado de S. Paulo informou sábado, 16 de março, que o kit gay havia tido sua distribuição suspensa. Formado por seis gibis e peças de orientação para professores, o material havia sido produzido em 2010 pelo governo Lula, com a colaboração da ONU e de organizações dos EUA. Apesar do entusiasmo no lançamento, os gibis, com conteúdo explícito que em nada diferia de pornografia homossexual, não chegaram a ser amplamente distribuídos, a fim de não atrapalhar a candidatura presidencial de Dilma Rousseff. Para evitar polêmica com os líderes evangélicos, de quem o PT precisava para se reeleger, o governo Lula achou melhor guardar o material para distribuição em momento mais oportuno.
A nova suspensão, ordenada pelo governo através do ministro da Saúde Alexandre Padilha, foi causada pelo mesmo motivo: a aproximação da eleição presidencial de 2014. O medo de que a reação do povo e dos líderes evangélicos se transforme em resposta vigorosa nas urnas fez o governo recuar.
A Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e Cultura (Unesco), que ajudou a produzir o kit gay, também criticou o recuo.
O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno Silva Fonseca, afirmou que fará cobranças formais ao Ministério da Saúde.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, deputado Pastor Marco Feliciano, elogiou a decisão. “O ministro nada mais fez do que honrar um compromisso de governo. A bancada evangélica já havia manifestado o receio de que o kit circulasse novamente”, afirmou. “Temos a garantia de que qualquer material de conteúdo mais polêmico não circule antes de ser avaliado e sem a nossa aprovação.”
Com informações da revista Exame e do site homossexual A Capa.
Fonte: www.juliosevero.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário