ANTÔNIO MARTINS-RN.
Ser poeta é ver a vida
De uma forma diferente
Entrar na intimidade
De quem não gosta da gente
Se transportar pra o
futuro
Mesmo estando no presente
Ser poeta é ser carente
Dos carinhos de alguém
Transferir o sofrimento
De quem a gente quer bem
Viver a vida esperando
Sem saber se ela vem
Ser poete é ser neném
Que rir até com careta
Se ocultar no invisível
Vestindo uma capa preta
Seus sonhos são infinitos
Vistos por sua luneta
Seu juízo é uma gaveta
De guardar seus
pensamentos
Seus versos são desabafos
Usados como instrumentos
Suas rimas são depósitos
De guardar seus
sentimentos
Inspira-se com os
sofrimentos
Trás tudo em sua memória
Mesmo depois de sua morte
Ele ainda tem vitória
Porque morre para o mundo
E renasce para a história
Nessa sua trajetória
É Cigano sem parada
É o galo de capina
Que canta de madrugada
Despertado pelo sol
Quando surge a alvorada
O mundo é sua namorada
Que ele abraça com amor
Dos sentimentos dos outros
Ele é revelador
Por essas e outras razões
O chamam de travador
É quem descobre o amor
Se ele estiver escondido
Entre versos e canções
E seu baião sustenido
No picadeiro da vida
Pede pra ser aplaudido
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