Ministério conclui primeira versão do plano de desligamento da TV analógica
Brasília, 18/05/2012 – O Ministério das Comunicações conclui, nesta
semana, uma primeira versão do plano de transição da TV analógica para
a digital. Segundo o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica
do MiniCom, Genildo Lins, o pré-projeto será finalizado pela SCE até
esta sexta-feira e, depois, encaminhado para discussões mais amplas com
a Secretaria de Telecomunicações (STE) e também com a Anatel.
O
ministério tem até o fim deste ano para apresentar a versão final do
plano de transição. O desligamento completo do sistema analógico no
Brasil está marcado para 2016 e, de acordo com Genildo Lins, não será
adiado.
Buscando subsidiar a elaboração do
plano, representantes do MiniCom estiveram nos Estados Unidos, em
abril, para ver de perto como foi a transição para o sistema digital no
país. A viagem incluiu conversas com todos os setores envolvidos no
processo, como radiodifusores, fabricantes de equipamentos, órgãos
governamentais e a Câmara de Comércio Americana.
Entre os pontos que mais chamaram atenção na experiência americana está o fato de uma cidade ter sido escolhida para testar a transição antes do restante do país. A eleita foi Wilmington, na Carolina do Norte. “Eles desligaram lá com antecedência, para verificar quais foram os impactos, o que iam precisar mudar. Fizeram a transição no microcosmo para aplicar todas as medidas corretivas antes de aplicar no macrocosmo”, diz Genildo.
A escolha de uma cidade-piloto para antecipar os testes deve ser incluída no plano brasileiro de transição. De acordo com Genildo Lins, o local ainda não foi definido, mas precisa reunir algumas características específicas, como o fato de todos os canais disponíveis para a população serem da própria cidade e não haver muita interferência do sinal. Outro aspecto importante para os testes é uma quantidade significativa de lares com receptor digital.
O secretário ressalta que a experiência americana é que mais deve influenciar o modelo brasileiro. Isso porque os Estados Unidos têm um perfil de radiodifusão mais próximo do Brasil do que o Japão, por exemplo, que também já concluiu a transição para o sistema digital.
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