Dilma quebra acordo com religiosos ao nomear ministra que apoia aborto
Eleonora é defensora da legalização do aborto |
Ela ressaltou que falava eu seu nome, e não do governo. Mas disse: “O aborto é uma questão de saúde. Não é uma questão ideológica, como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas."
A ascensão ao governo de uma defensora da legalização do aborto significa, na prática, o rompimento da promessa que Dilma Rousseff fez a líderes católicos e evangélicos, durante a campanha eleitoral, de que o seu governo não proporia nenhuma mudança na legislação sobre a questão.
Obviamente que o governo dirá -- como Eleonora já disse -- que a questão depende do Congresso Nacional, onde tramita uma proposta sobre o assunto elaborada pela gestão anterior da SPM. Mas, como se sabe, o poder político do governo no Congresso é muito grande.
Eleonora é amiga da presidente, e há, entre elas, grande afinidade ideológica. As duas ficaram na mesma prisão na época da ditadura militar.
A nova ministra é professora titular do departamento de medicina da Unifesp. Ela tem se destacado no combate à violência contra a mulher. Defende a legalização do aborto com o argumento de que as mulheres não podem ficar à mercê das clínicas clandestinas, correndo riscos, inclusive o de morte.
Lideranças religiosas já começaram a fazer oposição a Eleonora
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