terça-feira, 29 de novembro de 2011

Preso, goleiro Bruno trabalha na faxina e recebe R$ 408,75

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, que no próximo mês completará um ano e cinco meses preso na penitenciária Nelson Hungria, na região metropolitana de Belo Horizonte, trabalha desde julho passado na faxina do presídio.

Com o trabalho, ele poderá receber o benefício de remissão de pena pela condenação de quatro anos e seis meses de detenção determinada pela Justiça do Rio.

Pela Lei de Execuções Penais, para cada três dias trabalhados dentro da penitenciária, Bruno poderá abater um dia da pena. Além disso, tem direito a receber três quartos do salário mínimo: R$ 408,75.

O jogador foi condenado no Rio por manter em cárcere privado Eliza Samudio, sua ex-amante, além de lesão corporal e constrangimento ilegal contra ela. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e secretário de Bruno, também foi condenado por cárcere privado a três anos de prisão.

Macarrão também está preso na Penitenciária Nelson Hungria, mas não está no regime de trabalho como Bruno. Os dois ainda respondem a outro processo na Justiça de Minas, sobre o desaparecimento e suposta morte de Eliza.




Goleiro Bruno durante audiência em junho, em Minas Gerais
Goleiro Bruno durante audiência em junho, em Minas Gerais
A Secretaria de Defesa Social informou que Bruno é o responsável pela manutenção da limpeza do pavilhão onde está preso.

"Ele foi selecionado pela Comissão Técnica de Classificação da unidade, que é uma equipe multiprofissional de avaliação, composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, pedagogos, dentistas, gerentes de produção e diretores. Vale ressaltar que, antes da avaliação para trabalho, o detento precisa manifestar desejo em cumprir a função laboral", informou a secretaria.

Além de Bruno e Macarrão, mais seis pessoas respondem por esse crime. Todos vão a julgamento, ainda sem data marcada.

Eliza cobrava pensão de Bruno, já que ela teve um filho dele. O goleiro se recusava pagar. Por isso, segundo a denúncia que tramita na Justiça em Minas, ele montou um plano para matá-la. Eliza Samudio desapareceu em junho do ano passado e seu corpo nunca foi encontrado. Todos os envolvidos negam participação no desaparecimento de Samudio.

folha.com.

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