Terça-feira, 08/11/2011
Júri considera médico culpado da morte de Michael Jackson
Após seis meses de julgamento, jurados concluíram que Conrad Murray foi negligente e demorou para ligar para a emergência. Pena pode chegar a 4 anos e será anunciada em novembro
Promotores argumentaram, durante o julgamento de seis semanas, que Murray foi negligente na administração do propofol para ajudar Jackson a dormir, enquanto ele se preparava para uma série de shows. Os advogados de defesa disseram que o cantor havia tomado por conta própria a dose fatal do propofol.
Murray estava ao lado de Jackson quando o astro pop, de 50 anos, foi encontrado sem respirar em sua mansão alugada em Los Angeles, em 25 de junho de 2009. Mais tarde ele foi dado como morto em consequência de uma overdose do poderoso anestésico propofol combinado com sedativos.
O júri composto por sete homens e cinco mulheres começou as deliberações na sexta-feira (4), após seis semanas de audiência no julgamento do cardiologista, e se reuniu novamente nesta segunda-feira após uma folga no fim de semana. Após uma nova deliberação, que durou nove horas, chegaram à conclusão unânime de que Murray era culpado.
Murray, de 58 anos, foi contratado para cuidar de Jackson enquanto ele preparava uma série de shows de retorno em 2009. Ele alegou inocência das acusações de homicídio culposo, ou negligência grave enquanto tratava do cantor, e preferiu não testemunhar no julgamento.
Murray admitiu ter dado a Jackson uma pequena dose de propofol para ajudá-lo a dormir, mas seus advogados tentaram convencer o júri que o cantor de alguma forma usou uma dose extra do medicamento, sem o conhecimento de Murray e, assim, se matou.
Durante os argumentos finais, após seis semanas de julgamento, os advogados do cardiologista atacaram os argumentos da promotoria e suas testemunhas, dizendo que criaram histórias e teorias para culpar Murray diretamente pela morte do cantor. Os promotores responderam que Murray era um médico oportunista e inepto, que deixou os três filhos de Michael sem pai. Também disseram que a conduta de Murray, que deu propofol para ajudar o músico a dormir, violava os padrões de cuidados com os pacientes e era quase como um experimento secreto, do qual o médico não guardou nenhum arquivo. A pena máxima é de 4 anos e deverá ser anunciada no dia 29 de novembro.
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