Subtilezas do Orgulho
François, duque de La Rochefoucauld, disse que “às vezes, a humildade nada mais é que um artifício do orgulho que se abaixa para levantar-se”.
O orgulho se aninhou, como um intruso, no coração de lúcifer, e, não muito tempo depois, o mesmo pecado que levou o “anjo de luz” à ruina, foi transplantado para o coração humano. Onde há pecado, há orgulho.
O orgulho forja muitas fantasias, e uma delas é a idéia de que o homem é um deus. Essa fraqueza humana possui subtilezas que muitas pessoas desconhecem. Mencionemos algumas:
Falsa Modéstia - Há pessoas que se orgulham de sua humildade, ou seja, orgulham-se de não se acharem orgulhosas. Quando renunciamos a alguma coisa, não por sermos humildes, mas para sermos considerados como tais; quando, para sermos notados, damos atenção a pessoas humildes; quando optamos pelo último lugar, a fim de que os que estão por perto nos tenham na conta de pessoas desprendidas e corteses – então, somos reprovados por Aquele que perscruta os corações.
Quando nos ofendemos - O orgulhoso se ofende por qualquer coisa. Não aceita a menor repreensão. Essa atitude é uma das muitas máscaras do orgulho.
Farisaísmo - Todo legalista se acha superior às demais pessoas. Diz o Espírito de Profecia: “Ergo a voz em advertência contra toda espécie de orgulho espiritual. Existe abundância disto atualmente na igreja.” – Testemunhos Seletos, vol. 2, pág 205.
Quando outros sobem - A pior derrota para um coração orgulhoso é a vitória de seus semelhantes. O orgulhoso não sabe perder. Ressente-se do progresso dos outros.
Quando não somos elogiados - Quando realizamos alguma coisa importante e não somos reconhecidos, quase sempre nos sentimos amargurados. Essa pitada de tristeza é sinal de que desejamos chamar a atenção para nosso valor, nossa inteligência e nossa capacidade.
“No dia de Deus – diz Ellen White – muitos hão de ser pesados na balança e achados em falta por causa de sua exaltação pessoal.” – Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 321.
A verdadeira humildade reequilibra nossas emoções, dando-nos a capacidade de aceitar a porção que Deus nos concedeu.
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