segunda-feira, 22 de agosto de 2011

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Comissão de combate às drogas mobiliza Mossoró

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romario_na_cmmA Câmara Municipal de Mossoró recebeu grande movimentação popular ontem na reunião da Comissão Especial de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas da Câmara dos Deputados que contou com a presença do deputado federal Romário (PSB/RJ).
O evento foi organizado pela deputada federal Sandra Rosado (PSB) e, além do ex-jogador de futebol, contou com as presenças do relator da comissão Givaldo Carimbão (PSB/AL) e do deputado federal pernambucano Pastor Eurico (PSB). Além de Fábio Faria (PMN), que é subrelator da comissão.
A deputada disse que Mossoró é uma das poucas cidades que não são capitais a serem incluídas na rota da comissão especial. "É com imensa alegria que consegui incluir Mossoró nesse debate sobre as drogas. O que me entristece é que a nossa cidade chamou atenção por ser a cidade mais violenta do Rio Grande do Norte e maioria dos crimes são cometidos por pessoas envolvidas com as drogas", frisou.
Depois de Sandra, quem falou foi Fábio Faria. Ele disse que se surpreende a cada dia com o tamanho do problema das drogas no país. "O combate às drogas é prioridade e deve ser prioridade número zero. É muito importante essa comissão passar por Mossoró, que sofre com o crack. Essa droga é um problema maior do que a gente pensava e não fizemos 10% do que precisa ser feito", frisou.
Em seguida foi a vez de Givaldo Carimbão usar a palavra. Ele relatou um pouco do trabalho que ele vem fazendo, percorrendo 16 estados e 15 países. O parlamentar declarou que a comissão reúne 51 congressitas.
O alagoano, considerado a maior autoridade na temática das drogas entre os políticos brasileiros, afirmou que o combate às drogas deve se dar em cinco frentes que ele enumerou em um livro: prevenção, recuperação, reinserção social, repressão e legislação. Para ele, as duas primeiras partes são as mais importantes. "Não adianta de nada recuperar sem prevenir", acrescentou.
Sobre a legislação, Carimbão declarou que é preciso endurecer as leis contra o tráfico de drogas e aumentar impostos sobre as bebidas. "As vendas de cigarro caíram 50% porque acabaram com a propaganda. Vamos fazer isso com as bebidas e aumentar os impostos. Aí teremos R$ 4 bilhões para recuperar os dependentes", acrescentou.
O relator da comissão criticou ainda a omissão de governos e prefeituras em relação ao combate às drogas num comparativo com o que é gasto com festas. "Dinheiro público não é para contratar bandas que falam em putaria e cabaré", disparou.
O deputado defendeu uma política que substitua a punição pela recuperação. "Ou tomamos providências ou teremos uma guerra civil porque não tem espaço nas cadeias para tanta gente. Uma cadeia custa, em média, R$ 20 milhões. Se os governos e prefeituras quiserem, recuperam mais gente com bem menos", frisou.
Ele falou ainda que um dos maiores problemas do enfrentamento às drogas diz respeito à falta de investimentos em fiscalização nas fronteiras. O parlamentar disse que o Brasil tem 17 mil quilômetros de fronteiras, entre os países estão Peru, Colômbia, Bolívia e Paraguai. "São apenas 900 homens da Polícia Federal fazendo o serviço sem a ajuda da tecnologia. Isso é humanamente impossível", frisou.
A deputada estadual Larissa Rosado (PSB) ressaltou a importância de os poderes executivos federal, estadual e municipal colaborarem na recuperação de dependentes químicos. "Não dá mais para chegar a uma prefeitura, governo e presidência da República sem um plano de enfrentamento às drogas", acrescentou.
No final foi a vez de Romário falar. Ele fez uma reflexão da atuação do político brasileiro citando a comissão de enfrentamento às drogas como exemplo. "Antes de entrar na política, imaginava o que imaginam 99% dos brasileiros, mas na política tem mais gente preocupada em retribuir a confiança dos eleitores", frisou.
O parlamentar acrescentou que está emprestando a imagem dele de atleta bem-sucedido para fortalecer o trabalho da comissão. "Nossa política pública de combate às drogas é muito precária. Nós brasileiros temos que fazer alguma coisa por esses dependentes", frisou.

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